Baleia, autor da PEC da reforma tributária, Baleia Rossi diz que ‘espinha dorsal da proposta foi mantida

Baleia, autor da PEC da reforma tributária, Baleia Rossi diz que ‘espinha dorsal da proposta foi mantida

eputados Reginaldo Lopes e Luiz Carlos Hauly também participam do JP Ponto Final, programa da Jovem Pan News comandado por Claudio Dantas

O programa JP Ponto Final, comandado por Claudio Dantas, diretor de jornalismo da Jovem Pan em Brasília, debateu neste sábado, 24, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 45/2019) da reforma tributária, que altera o atual sistema tributário do Brasil. O texto simplifica o sistema tributário e transforma cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) em três: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto Seletivo (IS). Os convidados desta edição são o autor da PEC, deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), além dos deputados federais Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), especialista em tributação, e Reginaldo Lopes (PT-MG), que foi o coordenador do Grupo de Trabalho sobre a Reforma Tributária, na Câmara.

Baleia Rossi afirmou que mesmo com mudanças significativas feitas no texto ao longo da tramitação na Câmara e no Senado, a “espinha dorsal”, que é a criação do Imposto sobre o valor Agregado (IVA), foi mantida. “Nós estamos votando uma PEC que politicamente é possível entregar para a população e que é muito positiva para a nossa economia, para a simplificação do nosso sistema e para podermos adotar o que a grande maioria dos países já adota, que é o Imposto de Valor Agregado, que é justamente a base da PEC 45”, disse Rossi.

Um dos idealizadores de uma das versões anteriores da PEC, Hauly criticou as fraudes do mercado brasileiro. “Essa anarquia tributária, a sonegação, o descaminho, o planejamento, levaram a essa situação. Então, quando você soma todas as iniquidades, isso é uma âncora que jogou a economia brasileira pro fundo”, disse. Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo decidiram elevar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 19,5%, sob a justificativa de que a reforma tributária reduz significativamente a autonomia tributária dos Estados e municípios. O deputado federal Reginaldo Lopes rebate esta hipótese, diz que a autonomia está preservada e acrescenta que, caso os Estados optem por aumentar, o imposto será transparente, permitindo que a população saiba o motivo de estar, eventualmente, pagando mais imposto. “Se um Estado ou se um município deseja aumentar o seu imposto, ele vai aumentar, mas vai aumentar para todos. E não vai aumentar sem a população saber que está pagando mais, porque o imposto, agora, é transparente: ele não é cobrado por dentro, escondido, embutido, ele não é um imposto covarde. O imposto agora é por fora, é transparente. O povo vai saber o que é o preço do produto, o que é o preço do imposto”, afirmou Lopes.