Em entrevista a Crusoé, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou que não precisa do apoio de um grande nome da política nacional para tentar a reeleição municipal. “Nunca tive padrinho”, disse ele.
Na campanha de 2024, Nunes deve concorrer principalmente com Guilherme Boulos (PSOL), apadrinhado por Lula, e com Ricardo Salles (PL), por Bolsonaro. “O Lula teve padrinho? Não, teve a trajetória dele. O Bolsonaro teve padrinho? Não, teve a trajetória dele. É até bom não ter padrinho, porque aí a gente sabe que a pessoa trilhou o seu caminho por conta da sua capacidade.”
Sobre Boulos, que está à frente nas pesquisas, Nunes diz que o rival é “um invasor, que agora conseguiu seu primeiro emprego e tem causado transtorno para a cidade”. E mais: “Boulos invade casas. Eu as construo“.
Em relação a Salles, Nunes não acredita que ele será o nome pelo PL, pois esse partido apoiou a sua chapa e faz parte do governo. “O Salles veio depois.”
Em conversa com Carlos Graieb e Duda Teixeira, Nunes falou sobre os estudos para oferecer a tarifa gratuita de ônibus, o resultado das privatizações e a remoção de barracas de moradores de rua.
Nunes também pretende instalar 20 mil câmeras de vigilância na cidade, com reconhecimento facial, projeto batizado de Smart Sampa. “Temos de fazer uso da inteligência artificial, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados, para que a gente possa identificar uma pessoa que cometeu um estupro, um roubo, um furto. Se um cara de bicicleta passar e pegar um celular, as câmeras vão poder acompanhá-lo até que possamos pegá-lo”, disse Nunes.